terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Alugo meu corpo - Parte 4

"Vai ficar aí parado esperando? ou vai ser a revolução em pessoa?"

Já se perguntaram quantas vezes passou na rua e achou normal nossos irmãos jogados no chão? ou quantas vezes não percebeu que ela(e) existia ou até reclamou por ele(a) te abordar para pedir uma ajuda, ou mínimo de atenção e valorização já que vive a margem (excluídos da sociedade)?


Já se perguntou o que faz cada um deles morar na Rua? Já se perguntou como foi ou está sendo a vida dos nossos irmãos? Que tipo de sociedade é está que vivemos, que enxerga com naturalidade, pessoas, homens, mulheres, crianças, idosos vivendo em condições degradantes ou milhões que morrem diariamente num exterminio pensando para dizimar nossa etnia.
Que tipo de sociedade admite que o povo viva prisioneiro, sem acesso a nada, sem ter direito há um território? Que tipo de sociedade que vê normalmente poucos com todo bolo e a maioria só com migalhas? Está é a sociedade do consumo, do lucro, a serviço do capital, você vale o que tem. Mais conhecida como Capitalismo Selvagem na sua fase IMPERIAL (de maior concentração e das maiores mazelas).

PS: Disse que ia postar só amanhã(mas não aguentei) e ainda mais que recebi um pedido de uma pessoa que jamais negaria nada!

PS2: Frase muito conhecida de Rosa Luxemburgo: Socialismo ou Barbarie (já vivemos na Barbárie) então o único caminho é o SOCIALISMO JÁ!

PS3: Estamos recrutando militantes para contribuir na campanha de incetivo a leitura e para o sucesso do blog, então todos vocês estão CONVOCADOS é só mandar um email pro blogdorasta@gmail.com, que eu add no Blog. Ajudem também a divulgar por favor! FIQUEM A VONTADE a casa é nossa!

3 comentários:

Amanda disse...

"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros." (Che Guevara)

Esta postagem me lembrou esta frase, pois o fato de conseguirmos enxergar os problemas não resolve, mas nos dá desejo de transformar, ver que isto não é normal, que é errado e que não é o tipo de sociedade que queremos.

A partir disso batalhamos cotidianamente para convencer mais pessoas de que isto não é natural, entretanto, bate sempre um desespero quando vemos qualquer tipo de injustiça e não podemos fazer nada a curto prazo para mudar...

A alternativa viável é então tentar de maneira simples, transformar primeiramente as atitudes, depois os pensamentos e consequentemente os sentimentos...

Amei a postagem! E não consegui comentar à altura da mesma...

Lindo! Beijão!

Claudinha Biohuana disse...

Pois é, meu amigo, lendo esta última postagem me lembrei de um comentário de Luis Fernando Veríssimo, numa crônica chamada Violência (está no twitter) em que ele diz "...Ela se integra na paisagem e se dilui no cotidiano e não nos agride, e nós a aceitamos." Nesta Passagem ele se refere a todo tipo de violência, inclusive a questão da fome e de moradores de rua. Também me vem a mente aquele comercial de Tv em que apenas as crianças enxergavam pessoas com fome e crianças de rua, enquanto os adultos olhavam e nada viam... A gente acaba se "acostumando" a ter estas cenas em nosso cotidiano e esquecemos aquele sentimento que dizemos ser próprio da juventude...a capacidade de radicalização pela indignação da conformidade em relação ao sistema hoje estabelecido... Se estamos na barbárie, muitos insistem em chamá-la de civilização... Ainda hoje li a notícia-crime da CUFA (central única das favelas) sobre as declarações de Gerge Samuel Antoine, cônsul geral do Haiti em SP... É impressionante o ponto de desumanização em que nossa espécie (a dita racional) consegue chegar... A Barbárie, meu amigo, chega por todos os lados, são as 3 mulheres mortas na bahia ontem por seus maridos, o crime organizado que justifica o massacre da nossa juventude excluída de todas as oportunidades na periferia, as leis ambientais que só se faz valer contra os pequenos produtores, enquanto grandes empresários saem impunes.... Não tenho dúvida da necessidade urgente do socialismo...Não tenho dúvida de quem são meus parceiros, meus aliados nesta luta. Assim como não tenho dúvida de quem são nossos inimigos. Como bióloga, afirmo o tempo todo...na espécie humana nada é natural..tudo é socialmente construído...Então me agarro ao velho Marx... "Tudo que é concreto e sólido se desmancha no ar...Temos um mundo a ganhar..Trabalhadores de todo mundo, uni-vos!!" Abraços fraternos!

Anônimo disse...

Querido Rasta... Estou muito emocionada em ler os posts sobre o Alugo o meu corpo, e principalmente, sobre a forma tão emotiva com que você escreveu. Obrigada, de coração!

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